MARIANNA BRENNAND

A busca por contar e preservar histórias relevantes e invisibilizadas nos campos cultural e social é algo constante na trajetória de Marianna Brennand (Brasília, 1980). Após se formar em Cinema pela Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, Marianna voltou ao Brasil com o projeto de realizar um documentário sobre seu tio-avô Francisco, um artista brasileiro reconhecido mundialmente por sua obra em cerâmica, presente em diversas cidades e em seu espaço, a Oficina Francisco Brennand. Investindo em uma abordagem narrativa poética, construída a partir dos diários de seu personagem, Francisco Brennand estreou em 2012 e recebeu os troféus de Melhor Documentário Brasileiro – Prêmio Itamaraty e Melhor Filme Brasileiro – Prêmio Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. 

Ainda no campo documental, Marianna dirigiu O Coco, a Roda, o Pnêu e o Farol (2007, Canal Brasil), sobre a rica tradição musical do “coco de roda” no bairro de Amaro Branco, em Olinda (PE), e produziu Danado de Bom (2016, direção de Deby Brennand) — trabalho vencedor de quatro prêmios no CinePE, incluindo Melhor Filme —, que resgata a trajetória de João Silva, um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga. Manas (2024) marca sua estreia na direção de longas-metragens de ficção e é fruto de uma pesquisa de dez anos sobre o complexo e delicado tema da exploração sexual de crianças e adolescentes na Ilha do Marajó (PA). O longa teve sua estreia mundial no prestigiado Festival de Veneza 2024, na mostra Giornate degli Autori, onde conquistou o prêmio principal, o Director’s Award, tornando-se o primeiro filme dirigido por um brasileiro a receber essa honraria. 

Prepara-se para lançar “Manas” nos cinemas (estreia de Marianna Brennand na direção de longas-metragens de ficção), no qual atua como produtora e corroteirista. O filme fez sua estreia mundial na Giornate degli Autori, mostra paralela do tradicional Festival de Veneza e conquistou o prêmio máximo da competição no ano de 2024. Com uma carreira exitosa no circuito internacional e Nacional de festivais, o filme até o momento conquistou 21 prêmios: 

  • Prêmio do Júri de Melhor Filme Brasileiro – Festival Internacional de Cinema de São Paulo, São Paulo, Brasil 
  • Prêmio Especial do Júri para a Atriz Jamilli Correa – Festival Internacional do Rio, Rio de Janeiro, Brasil 
  • Prêmio de Novo Talento Internacional (Prêmio do Júri) – Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg, Alemanha 
  • Prêmio Estudantil – Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg, Alemanha 
  • Prêmio Especial do Júri – Festival de Huelva, Espanha 
  • Prêmio do Público – Festival de Huelva, Espanha 
  • Prêmio do Público – Festival dos 3 Continentes de Nantes, França
  • Prêmio François-Chalais de Melhor Roteiro – 37º Encontro Cinematográfico de Cannes
  • Prêmio da Imprensa – Mostra de Cinema de Gostoso, Rio Grande do Norte, Brasil 
  • Prêmio de Melhor Direção – Festival Aruanda, João Pessoa, Brasil
  • Menção Honrosa pela Direção de Elenco – Festival Aruanda, João Pessoa, Brasil 
  • Prêmio Pangea da Universidade Agrária de Havana, Melhor Longa-Metragem de Ficção – Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, Havana, Cuba 
  • Prêmio El Megano da Federação de Cineclubes de Cuba, Melhor Longa-Metragem de Ficção – Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, Havana, Cuba 
  • Prêmio Casa das Américas, Melhor Longa-Metragem de Ficção – Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, Havana, Cuba
  • Prêmio Centro Memorial Martin Luther King – Melhor Longa-Metragem de Ficção – Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, Havana, Cuba
  • Melhor Filme – Festival de Cinema de São Bernardo, SP, Brasil
  • Melhor Roteiro – Festival de Cinema de São Bernardo, SP, Brasil
  • Melhor Atriz Coadjuvante – Dira Paes – Festival de Cinema de São Bernardo, SP, Brasil 
  • Melhor Filme Ibero-Americano, Menção Especial – Festival Internacional de Cinema de Palm Springs 
  • Melhor Primeiro Longa-Metragem – Festival Global de Cinema de Santo Domingo. 

Fora do campo cinematográfico, Marianna segue trabalhando na preservação do legado da obra de seu tio-avô. Ela assinou a edição dos quatro volumes do Diário de Francisco Brennand (2016, Inquietude) — vencedor do Prêmio Jabuti —, participou da idealização e edição do livro No Labirinto dos Sonhos: 50 Anos da Oficina Francisco Brennand (2024, Oficina Francisco Brennand) e é a atual presidente do Conselho Deliberativo da Oficina Francisco Brennand, cargo que também ocupou entre 2019 e 2023.